Esporte: Reconecta 2019 terá palestras sobre o tema e prática de modalidades paralímpicas

Seja por hobby ou profissão, o esporte é um ótimo aliado para as pessoas com deficiência. Além de proporcionar mais força muscular e resistência física, praticar um desporto pode aumentar a autoestima, estimular a interação social e trazer uma nova perspectiva de vida.

Com uma vasta programação durante quatro dias, a Conferência e Exposição Estadual de Inclusão e Acessibilidade (Reconecta) abordará tanto práticas esportivas quanto outras atividades culturais, como a dança, para pessoas com deficiência. O evento ocorrerá de 19 a 22 de setembro, no Boulevard Shopping Vila Velha.

Mudança de paradigma e alto rendimento - O Brasil vem se mostrando uma potência no esporte paralímpico a partir das mudanças sociais, inclusão e novas oportunidades às pessoas com deficiência. A prova disso está no recorde recém batido de melhor campanha obtida na história dos jogos parapan-americanos. A última edição ocorreu em Lima, no Peru, e levou uma delegação de 337 paratletas para competir nos 10 dias de evento.

O país garantiu 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze, totalizando 308 medalhas. Somando as seis edições dos jogos parapan-americanos, foram 1.367 medalhas, sendo 585 de ouro, 424 de prata e 358 de bronze.

Bruno Kiefer foi um dos atletas capixabas a conquistar medalhas no Parapan, em uma estreia dupla: ele participou pela primeira vez dessa competição, em um esporte também estreante, o tiro esportivo. Foi bronze nas categorias R4, tiro em pé, e R5, carabina deitado.

Sua carreira começou após o convite de um amigo. “Como sou cadeirante, ele me viu e me convidou para conhecer um projeto no Álvares Cabral de tiro esportivo paralímpico. Fui conhecer e fiquei, me profissionalizei e virei atleta”, relembra.

Com uma rotina de treinos de, no mínimo, três vezes por semana, que reúne mentalização, treino de respiração e a prática do tiro em si, Bruno pretende crescer cada vez mais dentro do esporte. Segundo ele, seus planos são continuar subindo de ranking, manter e aumentar sua performance. Já para os próximos anos, o foco são as paralímpiadas.

Para as pessoas com deficiência que desejam ingressar no esporte, o atleta dá algumas dicas. “A pessoa deve encontrar algo que goste, que faça parte dela. Por exemplo, para fazer tiro esportivo a pessoa deve ser calma e ter boa concentração e isso vai sendo melhorado pouco a pouco. Vá conhecer, tente praticar vários esportes para ver em qual se encaixa, qual é o melhor e o que a pessoa mais gosta de fazer. E daí para frente, todos os esportes requerem dedicação”.

Reconecta - Alinhada à cartilha “Viver sem Limite do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência”, o Reconecta definiu três eixos principais de atuação. Um deles trata justamente sobre as questões culturais, sociais e de paradesporto. Na sexta-feira, 20, além de apresentações culturais envolvendo coreografias, um dos painéis do evento pretende abordar, das 14h às 15h, as práticas corporais de atenção e cuidado em saúde para pessoas com deficiência e familiares.

Já no sábado (21), das 10h às 13h, ocorrerão oficinas de jiu-jitsu e, das 13h às 14h, uma mesa redonda sobre judô para pessoas com deficiência intelectiva. Das 18h às 19h, haverá uma palestra sobre a inclusão profissional e o esporte da pessoa com deficiência, tratando de perspectiva histórica, visão de mundo, modelo de inclusão e casos de sucesso.

Já no domingo (22), das 15h às 18h, haverá uma atividade de bocha paralímpica, aliando a vivência da modalidade ao jogo da velha, com o intuito de gerar uma possibilidade lúdica dentro da modalidade. E o painel “A equoterapia como método de habilitação e reabilitação para pessoa com deficiência e/ou atraso no desenvolvimento” ocorrerá das 17h às 18h, no auditório.

Serviço – Reconecta

Datas: 19/9 – das 18h às 22h;

           20/9 e 21/9- das 10h às 22h;

           22/9 – das 15h às 19h.

Local: Boulevard Shopping Vila Velha | Gratuito

 

 

 

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