Campanha #SOMOSLIVRES contra o trabalho escravo é lançada pelo MPT

“Pare um pouco e pense: como foi o pior dia de trabalho da sua vida?”. Essa é a pergunta que a campanha #SOMOSLIVRES, lançada no dia 28 de janeiro, faz para toda a população brasileira, tendo como objetivo principal combater a tentativa de retirada de duas práticas pertencentes ao Código Penal Brasileiro que caracterizam o trabalho escravo: a jornada exaustiva e o trabalho em condição degradante.

A ação, lançada no dia nacional de combate ao trabalho escravo, em evento no Teatro Cásper Líbero em São Paulo, contou com a presença do indiano Kailash Satyarthi, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2014 e um dos líderes do movimento global contra o trabalho infantil e o trabalho escravo, responsável pela libertação de 83 mil crianças. O evento também teve a participação da atriz e diretora-geral da Organização Não-Governamental (ONG) Movimento Humanos Direitos, Camila Pitanga.

No site da campanha, desenvolvida pela Ideal H+K Strategies e realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), é possível visualizar um vídeo protagonizado pelo ator Wagner Moura.  Ele faz uma comparação entre a diferença do pior dia de trabalho de uma pessoa que não vive em uma situação de trabalho escravo, e alguém que trabalhe em condições humilhantes e situação análoga ao trabalho escravo, sem direito a água limpa e pelo menos a cinco minutos de descanso.

Pesquisa

Dentro do portal também é possível encontrar uma pesquisa que indica o nível de consciência da população brasileira sobre trabalho escravo. Para a realização do estudo, 1200 entrevistas pessoais e domiciliares foram realizadas mensalmente em 72 municípios no Brasil inteiro. Além de outras questões, foi constatado que 70% dos brasileiros acreditam que ainda existe trabalho escravo no Brasil, sendo que 61% das pessoas possuem 60 anos ou mais e 65% têm entre 16 e 24 anos.

Luta

Para convencer o Congresso a não tirar as práticas: jornada exaustiva e trabalho em condição degradantes do Código Penal Brasileiro, é possível enviar mensagens para os 81 senadores, e assim fazer com que cada vez mais possa diminuir a quantidade de brasileiros que integram o índice de situações relacionadas à escravidão. 

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