MPT apoia ação educativa na feira livre de Jardim da Penha

No último sábado (13) foi realizada uma ação educativa para combater o trabalho infantil na praça Regina Frigeri Furno, em frente à feira livre de Jardim da Penha, em Vitória.O objetivo era conscientizar os moradores do bairro a respeito dos riscos e prejuízos causados pelo trabalho de menores, além de incentivar a realização de denúncias.

A ação foi organizada em homenagem ao Dia Mundial e Nacional da Luta contra o Trabalho Infantil, comemorada em 12 de junho. Para a realização do evento, houve a participação do Ministério Público do Trabalho, do Tribunal Regional do Trabalho, da Banda Junior da Polícia Militar do Espírito Santo e da secretaria de Ação Social da Prefeitura de Vitória.

Além de orientações, foram distribuídos aos moradores revistas com o tema trabalho infantil da série “MPT em quadrinhos” pela equipe de abordagem da PMV. A equipe também promoveu oficinas artísticas, brincadeiras, apresentações de capoeira para as crianças e os adolescentes que estavam trabalhando na feira. O aposentado Carlos Rodrigues apoiou a campanha. No entanto, ele comentou que precisa ter sequência, tem que dar continuidade. “O meio de tirar os menores das ruas é oferecendo atividades”, afirmou.

O menino Wdson Silva, 11 anos, participou da oficina de artes. Ele gostou da ação e disse que gostaria de participar de algum projeto com aulas de futebol. Ao ser questionado o motivo de estar trabalhando na feira, ele respondeu: “Eu estou na feira porque quero comprar um celular para mim. Minha família só pode me dar no Natal”.

Os moradores de Jardim da Penha também tiveram a oportunidade de ouvir a apresentação da Banda Júnior da PMES, composta por alunos da rede pública de ensino da Grande Vitória. Eles tocaram diversas músicas populares com trombones, saxofones, flautas transversais, tubas, entre outros.

Trabalho realizado após a abordagem

Após a abordagem e identificação dos menores, as informações são encaminhadas ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). É feito um trabalho com a família. Já as crianças e os adolescentes são atendidos pelo Projeto Caminhando Juntos (Cajun), pelo Centro de Referência da Juventude (CRJ) ou pelo Núcleo Afro Odomodê, onde são oferecidas atividades de inclusão social, como: dança, música, circo e atividades esportivas.  Se houver violação de direitos, ocorre o encaminhamento para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

De acordo com a coordenadora do Creas de Bento Ferreira, Anacyrema Silva, “o trabalho não é feito apenas com os menores. O trabalho tem que ser feito com a sociedade. Precisa haver uma mudança cultural na sociedade, de que criança precisa trabalhar”. 

 

 

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