Exposição Transeuntes: um convite a olhar pelos olhos do outro

A mostra de fotografias é resultado da Oficina Transeuntes, voltada para a comunidade LGBTQIAPN+

Em clima de alegria e emoção, foi inaugurada, nesta quarta-feira (10), a mostra de fotografias dos alunos da Oficina Transeuntes. As fotos foram produzidas ao longo dos seis encontros do projeto, realizados no TRT-17 e na sede do Instituto Gold. Uma galeria lotada recebeu os artistas, seus familiares e amigos, magistradas e magistrados do Tribunal, servidoras e servidores e representantes do MPT-ES.

As fotografias ocupam a galeria localizada no 5º andar do Edifício Fórum, ao lado do Cejusc. Ao visitar a mostra, a presidente do TRT-17, desembargadora Daniele Corrêa Santa Catarina, parabenizou os expositores e as pessoas envolvidas no projeto. "Ver as perspectivas únicas e as histórias retratadas nas fotografias reforça a importância de abrir espaços que valorizem a diversidade”, disse a magistrada.

Importância de ocupar espaços

Na solenidade de abertura, a presidente do Comitê de Enfrentamento ao Assédio Moral, Assédio Sexual e Discriminação do TRT-17, juíza Suzane Schulz Ribeiro, falou sobre a alegria em receber a exposição e disse que a diversidade é bem-vinda no Regional.

“A exposição está lindíssima e é uma grande alegria ver que nosso Tribunal abriu esse espaço para a diversidade, para receber essas fotos. Que todas, todos e todes saibam que esse espaço é público e deve ser ocupado. Esse espaço pertence a todos que estão aqui.”

Dores e alegrias retratadas

Antes de iniciar sua fala, o fotógrafo e professor da oficina, Virgílio Libardi, pediu um abraço coletivo aos participantes da oficina e parabenizou cada um pela coragem de mostrar seu olhar, sua visão de mundo e sua intimidade.

“A fotografia não precisa ser complexa. Às vezes, passam despercebidas a dor e a alegria transmitidas pela imagem. Deixo aqui um convite à reflexão: vejam a exposição com um outro olhar.”

Mostrar seu mundo por seus próprios olhos

Para o aluno e participante da exposição Fernando Queiroz, tanto a oficina quanto a exposição dão voz a novas perspectivas sobre a fotografia e, principalmente, sobre os corpos trans.

“Achei o projeto incrível, uma iniciativa maravilhosa! Vejo muito trabalhos sobre pessoas trans, sobre vivências de pessoas trans, realizados por pessoas cisgênero*. E esse projeto dá voz à nossa própria história, abrindo novas perspectivas”, disse Fernando.

*(Cisgênero é a pessoa que se identifica com seu sexo biológico de nascimento, masculino ou feminino)

A mostra conta com os trabalhos dos seguintes alunos/fotógrafos:

Agner Campos

Alice Fontoura

Bruno

Carlos Eduardo Medeiros de Melo (Kadu)

Leandro

Letícia Lage

Lia

Pablo Vieira

Paola Santiago

Pedro

Pierre Guaraci da Silva Queiroz