MPT lança revistas sobre o trabalho infantil da série “MPT em Quadrinhos”
O trabalho infantil é o tema das revistas de edição de números 14 e 15 da série “MPT em Quadrinhos” que foram lançadas no órgão nessa sexta-feira (12), em homenagem ao Dia Mundial e Nacional da Luta Contra o Trabalho Infantil. Compareceram ao evento procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT), juíza do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), além de representantes de alguns municípios.
O procurador do Trabalho Marcos Mauro Rodrigues Buzato comentou sobre os trabalhos que são realizados pelo MPT-ES para combater esse tipo de exploração, além de apresentar as novas revistas. O titular da Coordinfância declarou que ninguém imaginava que as revistas em quadrinhos fariam tanto sucesso, quando tudo começou. Por conta disso, resolveram produzir mais duas revistas sobre o tema trabalho infantil. Assim, o assunto pode ser levado ao conhecimento da população, de maneira lúdica, numa linguagem fácil e acessível.
No evento, o procurador demonstrou a necessidade de se debater mais a respeito do tema e fortalecer o Fórum Estadual de Aprendizagem, de Proteção ao Adolescente Trabalhador e Erradicação do Trabalho Infantil (Feapeti) para que as ações se tornem mais efetivas. Durante as visitas realizadas nos municípios do interior com o projeto “MPT na Escola”, ele percebeu que o trabalho infantil ainda é colocado de lado. “Falam de exploração sexual, tráfico de drogas, mas não conseguem perceber que o que está ocorrendo é o trabalho infantil nas piores formas”, ressaltou.
Durante o encontro, o auditor fiscal do Trabalho da SRTE/ES, Alcimar Candeias, informou que o combate ao trabalho precoce aqui no Estado iniciou em 1996. As crianças não tinham com quem ficar em casa, por isso iam para a lavoura trabalhar. A realidade perdurou até 2001. Após várias ações e fiscalizações, o Ministério do Trabalho e Emprego conseguiu erradicar o trabalho nas propriedades de pequeno porte. Nas propriedades de médio e grande porte existem residualmente. Com relação ao trabalho infantil no mercado formal, também há um grande feito na formalização do trabalho do menor aprendiz.
As revistas
Na edição de nº 14, os personagens João, Larissa e André desmitificam o fato de que é melhor a criança trabalhar do que roubar ou praticar outro tipo de atividade ilegal. A personagem Antonieta possui esse pensamento, mas depois de tantas explicações dos amigos, acaba compreendendo o mal que o trabalho infantil faz. Já na edição de nº 15, Antonieta se conscientiza e aprende ainda mais sobre o tema, se comove e acaba resolvendo ajudar a proteger crianças e adolescentes contra esse ato tão comum em nossa sociedade.
A edição nº 01 da série também aborda o trabalho de menores. A leitura da HQ está disponível no site http://www.mptemquadrinhos.com.br/. As edições de nº 01 a 11 estão disponíveis nas versões flip e pdf ou para download.
Confira as fotos do evento: