Alunos de escolas públicas da Grande Vitória participam da cerimônia de entrega do prêmio MPT na Escola
Até chegar o dia de homenagear os estudantes e educadores que se destacaram, foram meses de discussões, aulas e oficinas sobre trabalho infantil. O resultado do aprendizado apareceu por meio de contos, poesias, desenhos, músicas, curtas-metragem e esquetes teatrais.
Logo na abertura, o procurador-chefe do MPT-ES, Valério Heringer fez um retrospecto de todo o projeto que contemplou mais de 20 mil alunos na Grande Vitória. Heringer destacou, ainda, a importância da conscientização dos estudantes sobre os malefícios do trabalho infantil.
O procurador Marcos Buzato, titular da Coordenadoria Nacional de Combate à Erradicação do Trabalho da Criança e dos Adolescentes (Coordinfância), agradeceu às empresas, às secretarias de educação e aos órgãos envolvidos. Ele chamou a atenção dos presentes do perigo da naturalização do trabalho infantil.
A juíza Rosaly Stange iniciou sua fala com um depoimento pessoal. Ela lembrou da história de um garoto que perdeu a visão ao trabalhar com martelo e pregos em uma feira. A partir dali, contou a magistrada, decidiu participar do combate ao trabalho infantil de maneira mais ativa. Stange destacou a importância de a sociedade debater o assunto. O tema não pode ser tabu, afirmou a juíza antes de começar o momento mais esperado: a premiação.
As produções artísticas e culturais inscritas se dividiram em seis categorias: conto, poesia, desenho, música, curta-metragem e esquete teatral.
Na plateia, a desembargadora aposentada e coordenadora do programa TJC, Maria Francisca dos Santos Lacerda, que também é membro da Academia de Letras de Vila Velha, foi surpreendida ao ser convidada a fazer a entrega do prêmio de melhor poesia.
A avaliação das obras foi realizada por uma comissão julgadora nacional, composta por vinte e nove jurados, dentre membros do MPT, representantes de órgãos e entidades nacionais e parceiros nas ações de prevenção e erradicação do trabalho infantil.
Houve torcida, gritinhos e choros de alegria. Entre os prêmios, celulares, mochilas, squeezes. Enfim, tudo o que a garotada gosta.
O Prêmio MPT na Escola foi financiado com recursos decorrentes de multas fixadas em Termos de Ajuste de Conduta e Ações Civis Públicas ajuizadas pelo MPT perante a Justiça do Trabalho no Espírito Santo. As verbas permitiram a produção do material didático destinado à implementação do projeto. A ArcelorMittal também contribuiu com a premiação aos estudantes.
Os primeiros colocados de cada categoria na etapa regional do MPT na Escola vão concorrer à etapa nacional do prêmio, prevista para ocorrer em Brasília, no dia 28 de novembro.
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Fonte: Assessoria de Comunicação do TRT-ES (somente em relação ao texto).